sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Top Gear, velocidade máxima



A era 16 bits foi marcada por muitos bons jogos de corrida. Ayrton Senna Super Monaco GP, Lotus, Lamborghini e é claro, Top Gear para SNES.

Este jogo marcou época por sua jogabilidade precisa e bastante divertida, boa sensação de velocidade e principalmente uma música muito empolgante, tão empolgante que várias bandas voltadas para videogame music, como a Megadriver, fizeram remakes das músicas.


Outra coisa muito legal é que ao contrário de outros jogos da época, este tinha um modo cooperativo, por sinal muito bom. Devo ter alugado esse jogo umas 10 vezes pra jogar com meu irmão e vizinhos e perdi a conta do número de vezes que terminei ele.

Um fato engraçado era que o jogo era cooperativo mesmo que você não quisesse, pois caso você jogasse sozinho o computador preenchia a vaga de seu colega. Nunca gostei dessa característica, acho que seria melhor ter uma visão ampliada da pista nesse caso.

A premissa do jogo é simples, você está em um campeonato mundial de corrida e precisa vencer diversas etapas em cada país para levar o troféu. Para isso você escolhe um entre quatro carros com características distintas. Cada carro possui atributos melhores ou piores nas categorias velocidade, tração e consumo de combustível e como você não pode trocar de carro até o fim do campeonato, é importante escolher um carro equilibrado para toda a sua jogatina.

Os carros também contam com um nitro que pode ser acionado até 3 vezes por corrida. Esse nitro realmente vinha a calhar, muitas vezes sendo a diferença entre a vitória e o último lugar. Era lindo quando você ficava sem combustível na cara da linha de chegada e seu amigo vinha com nitro a toda e acertava seu carro em cheio, te dando a vitória de bandeja. Ahh... bons tempos.

Mas estamos aqui por causa da música deste jogo, e lhe digo o seguinte, que música. Dêem só uma sacada na música da primeira corrida, uma das melhores do jogo e que te mostra logo o que ele tem a oferecer no departamento sonoro (o vídeo não é da primeira fase, mas essa é a musica que toca na primeira corrida).



Esta é outra ótima música, normalmente encontrada na quarta pista de cada país.



Curiosidades sobre a trilha sonora deste jogo. Algumas músicas de Top Gear são versões levemente alteradas dos jogos de Lotus para Amiga. Por exemplo, a esquerda é a terceira corrida de Top Gear e a direita a intro de Lotus Espirit Turbo Challenge (ou Lotus 1 para os íntimos).




Até onde eu sei, Top Gear foi bastante inspirado em Lotus para Amiga, sendo praticamente uma versão para SNES deste jogo, daí a reutilização de algumas músicas.

Outra curiosidade é que existe uma banda chamada Muse que fez uma música bastante inspirada na música de introdução de Top Gear. Olhem só a música intro do jogo (a esquerda) e o clipe da banda Muse (direita).




Pois é, quem acha que videogame music é musica bobinha engula essa, jogos conseguem até mesmo inspirar artistas em suas composições.


Top Gear teve duas sequências, Top Gear 2 e Top Gear 3000. O segundo jogo da série é bem interessante, com novidades como a possibilidade de tunar seu carro a lá Need For Speed Underground e um sistema de dano que diminui o desempenho do seu carro depois de umas batidas, mas na minha opinião não ficou muito interessante no departamento de som, as músicas são até legais mas nenhuma inspira como fizeram as músicas do primeiro.


O Top Gear 3000 é na minha opinião a ovelha negra da família, as corridas ocorrem no espaço (!!!) e a música é só um techno genérico sem nenhuma criatividade, eu honestamente acho que eles podiam ter parado no 2 mesmo.

Eu até hoje não consegui encontrar um gamer que viveu a era 16 bits e não jogou algum jogo da série Top Gear, mas se você existe e está perdido aí em algum lugar, faça a você um favor e jogue este jogo. A música já vale o investimento mas você ainda leva de brinde um jogo muito divertido, e se você tiver um amigo ou irmão a diversão será em dobro, eu garanto.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Megaman, rock na veia



Esta série clássica da CAPCOM dificilmente passou desapercepida por alguém.  Deste o nintendinho 8 bits, passando pela ótima fase no Super NES e sua série X, até os dias de hoje onde, diga-se de passagem, não tem andado bem das pernas, o robozinho azul tem trazido a nação gamer bastante diversão e desafios.

E põe desafio nisso. Se tem uma coisa pela qual os jogos Megaman são famosos é sua dificuldade. Na minha opinião os jogos do Nintendo 8 bits eram os mais hardcore, os chefes eram osso duro e seu arsenal não era ainda tão magnífico quanto nos dias de hoje (o megabuster por exemplo só passou a acumular rajadas mais fortes em Megaman 4).

O esquema de Megaman é simples e foi utilizado em todos os jogos da era NES e SNES, você tem a escolha de qual chefão quer enfrentar, podendo escolher entre 8 (alguns jogos tinham uma quantidade diferente de chefões). Ao final da fase você enfrenta o chefão e se vencer, rouba a arma dele. O que é legal é que em todos os jogos existia uma ordem otimizada para você enfrentar os chefões, pois cada chefão era fraco contra uma arma roubada de um outro chefão, daí se você soubesse a ordem correta o jogo ficava um pouco menos difícil.

Outra coisa pela qual Megaman sempre foi famoso foi por sua ótima trilha sonora, sempre cheia de ritmos que lembram o rock e batidas que lembram música eletrônica. Na minha opinião existem duas edições do jogo possuem as melhores músicas da série, Megaman 3 (NES) e Megaman X (SNES). Dêem uma sacada nessa intro de Megaman 3:



De Megaman X olhem esse vídeo aqui, dá pra ouvir a música de apresentação dos chefões e a música da fase Boomer Kuwanger, uma das minhas favoritas de Megaman X.





Infelizmente hoje em dia nosso blue bomber já não é como era antigamente, os jogos desviaram seu estilo original e deram uma passeada em outros gêneros, as vezes com resultados interessantes, outras nem tanto. Mas ainda há esperança, a CAPCOM está dando continuidade a série original nos consoles de última geração e adivinhem! Ela está criando os jogos com gráficos de 8bits.


Este é Megaman 9, que foi lançado para XBOX 360 e PS3 em suas respectivas lojas virtuais. Conegui por minhas mãos nessa belezura recentemente e digo o seguinte, é Megaman roots na veia.

Este jogo parece muito com o primeiro Megaman em jogabilidade, pois você não pode acumular seu Megabuster (que só pôde a partir do 4) nem dar a rasteira pelo chão (que só pôde no 3) então enfrentar os chefes é bem dificil.


Mais difícil ainda são as conquistas para XBOX 360 (versão que eu tenho). Zerar o jogo em menos de uma hora? Zerar matando todos os chefes apenas com o Megabuster? Zerar o jogo CINCO VEZES em 24 horas???? Qual é CAPCOM, essas conquistas são osso duro de roer.

As músicas nesse jogo seguem o mesmo ritmo rock/eletrônico dos anteriores, mas nenhuma música se sobressai como excelente. Mesmo assim nenhuma decepciona. Essa é a fase de Splash Woman (isso mesmo, um chefe mulher num jogo de Megaman, acho que é a primeira vez que acontece).



Parece que o sucesso foi tanto que a CAPCOM resolveu lançar mais uma versão, o Megaman 10, nos mesmos moldes, assim que sair to colado no lançamento.

Não posso encerrar esse post sem mostrar pra você uma curiosidade sobre os primeiros Megaman da série. Esses jogos ficaram famosos por terem as piores CAPAS de todos os tempos. Pelo amor dos céus, olhem a capa de Megaman 1.



Que isso? O setor de marketing da CAPCOM tava bêbado quando criou isso? Ou estavam de mal com os programadores e resolveram retratar o Megaman como esse "troço" aí? Pois é, isso era comum antigamente, os setores que desenvolviam e comercializavam os jogos não se conversavam direito e dava nisso aí. A capa do Megaman 2 não melhorou muito não.

 

Podia ter sido pior, por exemplo, podiamos ter jogado a versão européia de Megaman 2.



Ugh, os europeus sofreram com isso aí. Pelo menos na versão americana dá pra identificar os chefes que você enfrenta no jogo, apesar do Megabuster ter virado uma pistolinha de água. Na versão européia o Megaman é o ator de TRON que veio fazer uma pontinha e tem um DRAGÃO na capa? Que isso? Dungeons&Dragons?


O bacana é que a CAPCOM resolveu fazer uma homenagem a essas capas horrendas e criaram uma "capa" para o Megaman 9, dêem uma sacada.



Simplesmente fantástico, eles souberam mesmo reproduzir o horror que eram as capas antigamente. Parece que o 10 vai ter uma capa igualmente horrenda.

Megaman fez minha infância e acredito que a de muitos de vocês que também. Quem por algum motivo adotou o lado SEGA da força e não checou esses jogos em sua era NES faça a si mesmo um favor e de uma olhada nesses jogos, é coisa fina e vai lhe mostrar como nosso robo azul chegou a ser o sucesso que é hoje.

Grande abraço e até o próximo post.

Final Fantasy 3 (6), um festival de música e diversão

Tá aí um jogo que não pude jogar na era 16bits, só consegui joga-lo graças aos emuladores, mas como me arrependo de não tê-lo jogado antes. Estou me referindo a Final Fantasy 6, ou 3 como foi lançado nos EUA.



Este jogo é simplesmente fantástico. Se você é um dos poucos seres humanos da face da terra que gosta de RPGs e não jogou este jogo, jogue-o o mais rápido possível, Compre usado pra SNES, pegue um emulador, roube de alguém (brincadeirinha, hehe) mas JOGUE ele agora. Hoje é fácil encontra-lo porque ele saiu para SNES, Playstation e Nintendo DS, então você tem aí uma série de opções.

A música deste jogo é simplesmente fantástica. Sério, acho que é um dos melhores trabalhos de Nobuo Uematsu (isso mesmo, eu acho melhor que a música de Final Fantasy 7). O tema do mapa, os temas dos personagens, a música de batalha, posso dizer que não erraram em nenhuma música neste jogo.

Uma coisa que impressiona é que cada um dos QUATORZE personagens tem sua própria música tema e história pessoal. É bastante detalhe por personagem para um jogo que tem tantos, um excelente trabalho da Square.

Mas existe uma cena em particular que quem conhece este jogo menciona na hora. É dita como uma das melhores cenas do jogo por 11 entre 10 jogadores. Estou falando da cena da ópera.





Nesta cena você precisa substituir uma cantora de ópera e você deve memorizar a letra da música. Quando a cantoria começa o jogo pede para você escolher a sequência de palavras de acordo com o que você memorizou. A música desta cena é simplesmente maravilhosa, dá pra realmente fazer uma opera usando este material, e eles fizeram, yay.





Outra coisa impressionante é um dos vilões do jogo, o Kefka. Sério, este cara é muito pirado. A risada dele, as ações que ele toma no jogo, não quero estragar a surpresa para quem não jogou, mas se você chegar no final do jogo gostando deste cara eu aconselho procurar um psicólogo urgente.

Eu acredito que é difícil você achar hoje em dia vilões memoráveis, eles existem mas estão espalhados por aí. Da série Final Fantasy eu acho que Kefka e Sephiroth são os únicos vilões que se salvam, com os outros é simplesmente difícil de você como jogador sentir uma real vontade de derrotar, você só faz porque é um jogo e este é o objetivo.

Mas há um gostinho a mais em derrotar Kefka que Sephiroth, ele é LOUCO. Pense no Coringa de Batman e você vai ter uma idéia. Sephiroth tem um motivo para fazer o que faz, mas este cara é simplesmente insano, ele gosta de fazer as perversidades que faz. Tenho certeza que você vai adorar odiar este cara.

Enfim, se você não jogou este jogo jogue ele agora. Se já jogou, não tem problema, jogue de novo. Bons clássicos são eternos e no mundo dos videogames a diversão que eles proporcionam também.

Bem vindo ao Jogando com Música


Fala nação gamer. Este é meu novo blog onde pretendo mostrar minhas duas paixões: videogames e música. Como são minhas duas paixões pretendo mostra-las aqui juntas, então vocês verão minhas favoritas músicas de videogame.

Quem estava vivo nos anos 80 / 90 provavelmente viveu a era de prata dos videogames. Designs interessantes, dificuldade lá em cima, gráficos fraquinhos mas que eram a sensação na época e, principalmente, música MUITO criativa.

E é isso que quero tentar reviver aqui, um pouquinho dessa era maravilhosa dos videogames onde com um pequeno chip FM, processador de som, etc se fazia muita coisa interessante.

Claro que o que vale é boa música e bons jogos, então não vou me limitar a isso. Quero também mostrar algumas coisas um pouco mais atuais que gosto e também vou bater um papinho sobre os jogos propriamente ditos de vez em quando.

Então é isso. Espero que gostem do que vou mostrar aqui e curtam comigo essa volta ao passado sonoro dos videogames. Um grande abraço a toda a nação gamer.